sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Dilma, escuta.


Cara Presidenta Dilma.
Sou professora do Curso De Dança – Licenciatura da UFPEL. Também sou atriz e bailarina. Há dez anos atuo em um espetáculo criado por mim, com base na poesia de Adélia Prado. Da última vez que apresentei esta obra, em julho deste ano, em uma das cenas, em específico, no instante exato da ação, pensei na senhora, busquei a presença necessária, para “dar” este texto da Adélia:
“Ó seu Ministro!
Ó sua Presidenta!
Escuta.
O menino foi pra escola e escreveu pra sua mãe: – to desesperado!
Os meninos do Brasil fenecem entre retórica, montanhas de papel e medo.
Entre os ladrões... como Cristo na cruz.”
No texto original, o termo é presidente, o texto é bem antigo. Mas segue muito atual e me causando dor e angústia cada vez que tenho que pronunciá-lo.
Sou professora de um curso de Licenciatura e sei bem de pertinho que os meninos e meninas estão cada vez mais desesperados nas escolas. Meninos, meninas, professores e professoras, perdendo o sentido de estar ali.
Precisamos conversar, Dilma.
Escuta.
Estamos em greve porque estamos desesperados.

Maria Falkembach
Professora, mãe e artista.

Um comentário:

Unknown disse...

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