sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Grávida {videodança}

Coreografia e Interpretação de Maria Falkembach
Música de Leandro Maia
Edição e Finalização deTêmis Nicolaidis


Assista aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=bIIAnN8S2Tw&feature=youtu.be

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Dilma, escuta.


Cara Presidenta Dilma.
Sou professora do Curso De Dança – Licenciatura da UFPEL. Também sou atriz e bailarina. Há dez anos atuo em um espetáculo criado por mim, com base na poesia de Adélia Prado. Da última vez que apresentei esta obra, em julho deste ano, em uma das cenas, em específico, no instante exato da ação, pensei na senhora, busquei a presença necessária, para “dar” este texto da Adélia:
“Ó seu Ministro!
Ó sua Presidenta!
Escuta.
O menino foi pra escola e escreveu pra sua mãe: – to desesperado!
Os meninos do Brasil fenecem entre retórica, montanhas de papel e medo.
Entre os ladrões... como Cristo na cruz.”
No texto original, o termo é presidente, o texto é bem antigo. Mas segue muito atual e me causando dor e angústia cada vez que tenho que pronunciá-lo.
Sou professora de um curso de Licenciatura e sei bem de pertinho que os meninos e meninas estão cada vez mais desesperados nas escolas. Meninos, meninas, professores e professoras, perdendo o sentido de estar ali.
Precisamos conversar, Dilma.
Escuta.
Estamos em greve porque estamos desesperados.

Maria Falkembach
Professora, mãe e artista.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Estréia Mundial... na Costa Rica

A pequena coreografia, de um pouquinho mais de 5 minutos, foi um desafio. Nunca tinha feito isso. E começou a partir de uma música. Nunca tinha feito isso. A partir de um convite para compartilhar o palco com outros coreógrafos, os três mexicanos: Lydia Romero, David Barron e Oscar Velazques (este, com uma coreografia dançada pela Cia Nacional de Danza da Costa Rica). Nunca tinha feito isso.

Gracias, Mimi!

No início eu estava entre duas canções. Duas canções de André Mehmari com dois parceiros. Por isso o nome da coreografia: Entre duas Canções. No fim, fiquei só com uma: Ninguém Compreende, de Mehmari e Simone Guimarães. Meus compañeros, que comigo compartiran a "noite de gala", insistem para que eu siga para a outra canção. Já não sei mais se posso, parece que me enredei suficientemente nesta primeira a ponto de ir para outros caminhos. Terei que mudar o título.




quinta-feira, 28 de junho de 2012

"Tatá Dança Simões" no Theatro São Pedro, com entrada franca


Frequentar o Theatro São Pedro, seja em cena ou como espectador, é exercício de cidadania. Espaço que respeita o artista! Há todo o conforto para o público. Mas o acesso nem sempre é fácil.
No dia 08 de julho, as portas do São Pedro estarão abertas para todo cidadão! Um dos objetivos do Tatá é contribuir com o acesso à arte. Isto também significa acesso aos espaços em que o espetáculo aconteça com excelência, com todas as condições técnicas necessárias. O Theatro São Pedro tem história, faz história, e o desejo do Tatá é que, nesta história, não esteja incluída apenas a elite.
Na ação de abrir as portas do São Pedro, lembrei da música Santos do Morro, de Ana Maria Carvalho:
“meu São João abriu as portas do morro agora
a chave ele pediu para São Pedro
São Benedito fez café pras senhoras
Santo Antônio fez um casamento
E São Gonçalo tocou a viola”

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Tatá Dança Simões no Clube Ficahí pra Ir Dizendo

         A história oficial tem a versão daqueles que detêm os meios para contá-la e divulgá-la. E estes grupos nem sempre estão interessados na pluralidade das vozes que poderiam tecer uma versão da complexidade do que se passou.
Pelotas está comemorando 200 anos e vivendo um momento de reflexão sobre sua história. O grupo Tatá quer contribuir com essa remexida nos fatos significantes que constituem, hoje, esta comunidade.

No processo de criação de Tatá Dança Simões, o grupo, ao investigar as “raízes” de Pelotas, mediado por Simões Lopes Neto, foi parar na senzala. O Tatá conta, então, a sua versão, do que conseguiu reconstituir, no seu modo de reconstituir. Busca resgatar o vazio, a falta de sentido para a vida enfrentada por grande parte da população desta cidade. A este sentimento até então não experimentado, nomearam banzo. Entre outras coisas, o Tatá quer falar do banzo, quer traduzir, nos corpos em cena, a força, a dor e o vazio da palavra escravidão.

O Clube Ficahí é um referencial da cultura negra, em Pelotas, um lugar que atualiza e não ameniza os significados das palavras banzo e escravidão. E é neste espaço que o Tatá Dança Simões no dia 15 de junho.

Na história inspirada em Simões Lopes, já não há como enxergar, vive-se em pleno breu, a esperança de se ter novamente a luz contemplada foi extirpada, pois os olhos foram devorados. Aqui não é o vazio, mas a escuridão e o medo que são retratados.

Mesmo não tendo este objetivo no início de sua montagem, o espetáculo desconstrói o arquétipo do gaúcho para encontrar o ser humano que está por trás dele. Quem é este homem do extremo sul? A cultura e os sujeitos emanam da troca de experiências reunidas no cotidiano pelo nativo, pelo escravizado e o colono.

Com esse intuito, convidamos a todos para assistirem, no dia 15 de Junho, sexta-feira, às 21h, o espetáculo “Tatá Dança Simões”, que será realizado no Clube Ficahí, em comemoração aos duzentos anos de Pelotas, com entrada franca. Aqui teremos a oportunidade de unir um dos grupos referência de Dança-Teatro no RS, com o histórico Clube Ficahí, para contar com o corpo dos atores-bailarinos os grandes textos do maior nome pelotense das Letras, João Simões Lopes Neto.



“Eu, de mim, ignoro quem foi Romualdo. Contados os seus casos na prosa chata que se vai ler, muito perdem do sabor e graça originais; guarde porém o leitor a essência da historieta e repita-a, - por sua vez: recorte-a, enfeite-a com o brilho do gesto e da dicção, acrescente um ponto a cada conto.., e terá presente, imaginoso, criador, inesgotável.., serás tu próprio, leitor, o Romualdo, redivivo...” (Simões Lopes Neto)

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Tatá Dança Simões no Dançapontocom

É um imenso prazer estar novamente em cena em Porto Alegre. Desta vez de modo diferente, invisível. Experimentar a direção de um grupo e a composição de materiais que não o meu corpo é um desafio maravilhoso.

O trabalho é sincero. Porque acredito nele, acredito em cada movimento de cada ator-dançarino, ou intérprete-criador – ainda não encontramos o termo correto, estes são emprestados.

Coordenar tantas vontades e ser um dos trampolins desses desejos não e tarefa fácil. Principalmente porque cada vez vai ficando mais claro que o que importa é a vontade. Vontade de estar junto, de construir junto, mesmo que separados.

Por isso tudo é muito importante a presença de vocês. Pessoas que compartilhei a construção de espaços cênicos, de presenças cênicas e de corpos cênicos, com a vontade (pelo menos a minha) de um mundo melhor, mais humano.

Espero vocês lá no Teatro Renascença, dia 28 de abril, sábado, às 21horas.

Grande abraço.

Maria.