sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Dilma, escuta.


Cara Presidenta Dilma.
Sou professora do Curso De Dança – Licenciatura da UFPEL. Também sou atriz e bailarina. Há dez anos atuo em um espetáculo criado por mim, com base na poesia de Adélia Prado. Da última vez que apresentei esta obra, em julho deste ano, em uma das cenas, em específico, no instante exato da ação, pensei na senhora, busquei a presença necessária, para “dar” este texto da Adélia:
“Ó seu Ministro!
Ó sua Presidenta!
Escuta.
O menino foi pra escola e escreveu pra sua mãe: – to desesperado!
Os meninos do Brasil fenecem entre retórica, montanhas de papel e medo.
Entre os ladrões... como Cristo na cruz.”
No texto original, o termo é presidente, o texto é bem antigo. Mas segue muito atual e me causando dor e angústia cada vez que tenho que pronunciá-lo.
Sou professora de um curso de Licenciatura e sei bem de pertinho que os meninos e meninas estão cada vez mais desesperados nas escolas. Meninos, meninas, professores e professoras, perdendo o sentido de estar ali.
Precisamos conversar, Dilma.
Escuta.
Estamos em greve porque estamos desesperados.

Maria Falkembach
Professora, mãe e artista.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Estréia Mundial... na Costa Rica

A pequena coreografia, de um pouquinho mais de 5 minutos, foi um desafio. Nunca tinha feito isso. E começou a partir de uma música. Nunca tinha feito isso. A partir de um convite para compartilhar o palco com outros coreógrafos, os três mexicanos: Lydia Romero, David Barron e Oscar Velazques (este, com uma coreografia dançada pela Cia Nacional de Danza da Costa Rica). Nunca tinha feito isso.

Gracias, Mimi!

No início eu estava entre duas canções. Duas canções de André Mehmari com dois parceiros. Por isso o nome da coreografia: Entre duas Canções. No fim, fiquei só com uma: Ninguém Compreende, de Mehmari e Simone Guimarães. Meus compañeros, que comigo compartiran a "noite de gala", insistem para que eu siga para a outra canção. Já não sei mais se posso, parece que me enredei suficientemente nesta primeira a ponto de ir para outros caminhos. Terei que mudar o título.