segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Sobre a Molly Bloom

Ontem eu e o Leandro fomos assistir Piaf. Vocês devem ver!!!!
Lembrei muito da Molly e da Mollinha. Começou em função da época (1918). Nossa Molly, nesta época já era mais velha, mas as duas tem muito em comum: foram criadas pelo pai, vivem o mundo do cabaret e da música, um filho que morre.
Parece que encontrei no filme um pouco da dubiedade da personagem que estamos buscando: uma vida sem grandes reflexões, uma mulher comum, mas uma grande mulher. Elas tem muitas diferenças também: bom, a primeira é que a Molly não chega nem aos pés da Piaf, imagino. Piaf se destruiu, segundo o filme, em função da impossibilidade de viver sem seu grande amor. E o filme evidencia a força com que ela amava. Embora quando criança o amor tenha passado longe dela. Existe uma mulher, uma prostituta que parece construir pela primeira vez uma relação de afeto (lembra o papel da senhora Stanhofe, embora no caso da Piaf seja uma relação muito mais forte que imagino a relação entre a Mollinha e a senhora Stanhofe). Tudo isso me faz pensar e me questionar sobre o modo como a Molly ama. Já falamos muitas vezes sobre isso e ainda não sei. Talvez não tenha que pensar sobre isso, mas ir construindo os momentos com cada ato. “A carne que constantemente afirma”: que não nega, que não tem referências para negar. Para quem amar é dizer sim.
Volto a pensar na nossa “premissa”. Talvez tenha relação com o AMOR. O saber e o não saber amar. Passamos a vida tentando aprender a amar e tentando amar. O que é amar? O que é o amor? É dizer sim? Sims??

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